“Aeroporto cidade” é a chave para a conectividade econômica do país
Por: Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems.
A pandemia da Covid-19 trouxe grandes aprendizados para todos. Um dos legados, sem dúvida, é a globalização da economia que se expandiu graças à internet. Com ela, fizemos compras, atividades físicas, trabalhamos, conversamos com parentes, amigos e muito mais. Outro exemplo de ferramenta que exerce a função de conectividade econômica é o avião. Os aeroportos brasileiros são produtos de alto valor que podem ser grandes atores e indutores de desenvolvimento para as cidades. A Urban Systems acompanha desde 2013 o setor de aviação do Brasil e a nossa equipe tem ciência da capacidade que estes empreendimentos têm de alavancar o desenvolvimento econômico das cidades e a geração de emprego e renda no país.
E de que forma? Explorando toda a sua capacidade, além da principal que é acessibilidade e transportar passageiros, com várias soluções complementares para os frequentadores: hotel, academia, restaurantes, cursos e clínicas de saúde, entre outras conveniências. Ou seja, é preciso criar verdadeiros “aeroportos cidades” que vão gerar as receitas acessórias, aquelas fontes alternativas à atividade principal do aeroporto.
As receitas acessórias, hoje, na Europa, podem chegar a 50% da receita total do aeroporto. Isso porque existe toda uma lógica de se ter uma diversidade de produtos complementares e sistêmicos ao aeroporto que são resultantes de um desenvolvimento imobiliário complementar. Para quem ficou interessado no tema, aqui no nosso blog tem um artigo bem interessante sobre receitas acessórias.
Aeroportos Regionais
Vale lembrar que a revisão da malha aérea brasileira é um tema que está em evidência e algumas soluções já podem ser vistas. Matéria do portal da CNN, por exemplo, mostra o plano do governo federal para construir, reformar ou modernizar cerca de 120 aeroportos regionais espalhados por todo o país (confira aqui a matéria completa). Para viabilizar o programa, a ideia, segundo o texto, é usar recursos privados, por meio da repactuação das concessões de grandes aeroportos, como Guarulhos (SP). A reportagem diz ainda que o Ministério dos Portos e Aeroportos já iniciou consultas com o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a possibilidade de extensão dos contratos em troca de novos investimentos bilionários nos aeroportos regionais.
Sim, os aeroportos regionais também têm e terão grande importância, pois poderão suprir demandas para os aeroportos de grande porte. Então, em uma era globalizada não existe mais cada um cuida de si; é preciso criar uma rede para interligar todos estes empreendimentos, estimulando assim a conectividade econômica. Esse pensamento holístico está no estudo Ranking dos Aeroportos Regionais, elaborado pela Urban Systems (saiba mais aqui), para apresentação na abertura da Airport Infra Expo, maior evento nacional de Aviação, e republicado nas principais revistas do setor. Listamos os 100 municípios com maior potencial de desenvolvimento econômico que podem impulsionar o setor da Aviação Regional e a repercussão foi impressionante. O material, inclusive, serviu de guia para prefeituras, governos e setores privados. O levantamento analisou quatro eixos econômicos: transportes de passageiros e de carga, infraestrutura do aeroporto e possibilidades de desenvolvimento de receitas acessórias com produtos imobiliários sistêmicos.
Para chegar aos selecionados, realizamos uma série de discussões com os principais atores envolvidos do setor: SAC (Secretaria Nacional de Aviação Civil), ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Infraero (empresa pública nacional, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos), companhias aéreas e operadores de aeroportos, entre outros. Com esta metodologia, identificamos os fatores determinantes para o sucesso da operação dos aeroportos e da aviação regional. Após dois anos de publicação do primeiro estudo, o Ranking da Aviação Regional foi atualizado, considerando como fator determinante para o sucesso no desenvolvimento dos aeroportos regionais a participação do setor privado, por meio de concessões ou parcerias.
Por todas estas razões, ressalto que o caminho para um maior desenvolvimento do país está na inclusão do modal aéreo, que poderá ser impulsionado a partir de parcerias entre os poderes público e privado. Como é possível observar, a função dos aeroportos brasileiros é muito mais ampla e é essa visão 360º que vai trazer desenvolvimento, modernidade, atratividade comercial, receita, emprego e renda.
Na Urban Systems atuamos com estudos de receitas comerciais e real estate. A metodologia empregada, auxilia no entendimento de receitas acessórias aeroviária, permitindo identificar novas possibilidades de retorno e maior variedade de ganhos a curto, médio e longo prazo para os futuros operadores dos aeroportos.
O modelo pode ser empregado em outros modais, como ferrovias, rodovias, terminais urbanos, metrôs e muitos mais. Conte com a Urban Systems para estudos de receitas acessórias!
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