Envolver a sociedade civil é fundamental no planejamento das cidades

Ponta Grossa e Cascavel, no Paraná, são exemplos de cidades que contaram com estudos da Urban Systems, utilizados para ajudar na gestão urbana

A sociedade civil tem papel fundamental no planejamento de cidades inteligentes. Não basta apenas votar; é preciso que cada cidadão esteja familiarizado com todas as questões que envolvem a gestão pública. E, para isso, a utilização de indicadores torna-se ainda mais necessária, na opinião de Paulo Takito, sócio-diretor da Urban Systems. “A discussão de como tornar uma cidade inteligente, com mais qualidade de vida, tem que contar com a participação de todos que fazem parte do processo: as prefeituras, a sociedade civil, as entidades e as associações. Pensar de maneira integrada e madura, a partir de estudos embasados em dados gerados pelas próprias secretarias, é a melhor forma de alcançar esse objetivo”, afirma Takito.

Como exemplos, o sócio-diretor da Urban Systems fala sobre: Ponta Grossa e Cascavel, no Paraná, que contaram com estudos da empresa para ajudar na gestão urbana. “Em Ponta Grossa, desenvolvemos um planejamento de médio e longo prazo com o objetivo de identificar potencialidades, fragilidades e desafios da cidade. Também definimos metas, ações e indicadores de desempenho para o desenvolvimento econômico, social, ambiental e urbano”, explica Takito.

Segundo matérias do Portal A Rede* e do portal D’Ponta News*, o Conselho de Desenvolvimento de Ponta Grossa (CDEPG), em parceria com a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIEPG), entregou o Masterplan Ponta Grossa 2043, estudo realizado pela Urban Systems, à pré-candidata à prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil) e ao pré-candidato a prefeito Urubatan Alves Sena.

A iniciativa faz parte de uma programação do CDEPG, que irá entregar o Masterplan a todos que pretendem disputar o Executivo municipal em 2024. A intenção é fazer com que os candidatos utilizem o estudo da Urban Systems como base para a construção de seus planos de governos.

Já em Cascavel, os dados e projeções do estudo da Urban Systems deram origem a uma cartilha de propostas de governo, que foi entregue aos sete pré-candidatos a prefeito de Cascavel, com a recomendação de que incorporem as sugestões em seus planos de governo. De acordo com o portal Cascavel do Futuro*, a cartilha foi elaborada pelas sete câmaras técnicas do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Cascavel (Codesc), abrangendo as áreas de Educação, Turismo e Eventos, Transporte e Mobilidade, Urbanismo e Meio Ambiente, Agropecuária, Energia, e Saúde e Bem-Estar. “São dois cases emblemáticos que demonstram como essa parceria pode funcionar para termos cidades mais inteligentes e integradas. É um grande desafio, mas seguimos confiantes de que estes exemplos serão seguidos por outras cidades”, prevê Takito.

Cidades conectadas em debate

O tema é tão relevante que foi um dos painéis do Connected Smart Cities, que aconteceu nos dias 3 e 4 de setembro, em São Paulo. O debate Cidades Conectadas – análise de dados contou com as presenças de Fábio Ferraz, secretário de Governo da Prefeitura de Santos; Paulo Cunha, Head of Public Sector South America – AWS -Amazon Web Services; Danilo Oliveira de Morais, subsecretário de Tecnologia da Informação da Prefeitura de Vitória; e moderação de Sergio Andrade, diretor-executivo da Agenda Pública. “Dados são elementos básicos para entender como estão os serviços públicos e como os cidadãos os avaliam. Cidade inteligente não é só tecnologia. É preciso considerar a governança de dados e a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – entre outros temas – e quais usos podemos fazer deles”, lembra Sergio Andrade.

Segundo Paulo Cunha, 70% dos projetos de transformação digital não dão certo porque ainda existe uma dificuldade na capacitação das pessoas. “Mudança e aprendizado precisam estar juntos. Os 30% que deram certo tiveram propósito, passaram por muitos prefeitos e secretários e, finalmente, conseguiram sucesso. Vale lembrar que o cidadão não é apenas um pagador de impostos. Por meio dos dados gerados, as prefeituras têm uma capacidade analítica de ver cada pessoa por completo. É uma visão 360º do cidadão”, ressalta Cunha.

Danilo Oliveira de Morais complementa que as secretarias municipais geram muitas informações dos cidadãos por meio dos impostos pagos, da frequência nos postos de saúde e nos transportes, entre outros meios. “A cidade inteligente é aquela que gera dados para o bem do cidadão. Um bom exemplo nosso está na saúde em que a pessoa consegue fazer tudo online, tem acesso ao prontuário, receita, farmácia etc. São ações que trazem transparência do uso dos recursos públicos”, observa Morais.

Fábio Ferraz destacou algumas iniciativas da Prefeitura de Santos com esse objetivo. Uma delas é a infovia (infraestruturas físicas utilizadas para a transmissão de dados e informações) de 470 quilômetros, controlada por meio de um centro dentro da prefeitura. “Além dessa, temos mais de 200 ações que permitem planejar a cidade diariamente. É uma estratégia que permite entregar melhores serviços aos cidadãos”, destaca Ferraz.

Acesse aqui o relatório completo do Ranking Connected Smart Cities 2024.

Os resultados do Ranking CSC, por eixos, região, porte de cidade e por estado, podem ser consultados diretamente na plataforma online e este ano é possível comparar a evolução das cidades entre 2023 e 2024, confira aqui.

*Fontes:

Lideranças entregam Masterplan para pré-candidata à prefeita

ACIPG: Lideranças entregam Masterplan para pré-candidato a prefeito

CODESC lança Cartilha de Propostas de Plano de Governo a Imprensa

Conteúdo elaborado pela redação Urban Systems

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