Inadimplência faz crescer mercado de leilão de imóveis no país

Dados da Caixa mostram que, em 2024, foram leiloadas 47 mil unidades 

O mercado de leilão de imóveis vem crescendo de forma expressiva no país. Dados da Caixa revelam que, em 2022, foram nove mil unidades; em 2023, 26 mil; e no ano passado, o total foi de 47 mil imóveis leiloados. De acordo com Thomaz Assumpção, CEO da Urban Systems, em um momento de economia sufocada, é natural acontecer essa inadimplência. Importante lembrar que a Caixa é um termômetro do mercado, sendo responsável por 70% dos financiamentos imobiliários do Brasil.

“O aumento no número de imóveis levados a leilão no Brasil nos últimos anos está relacionado a uma combinação de fatores econômicos e sociais. Muitos proprietários enfrentaram dificuldades financeiras, agravadas pela pandemia, levando à inadimplência nos financiamentos e à incapacidade de arcar com as dívidas condominiais. Isso resultou no avanço de ações judiciais e penhoras, forçando os imóveis a serem leiloados para quitar débitos acumulados, incluindo juros, multas e honorários advocatícios”, explica Assumpção. Ele observa que a tendência sinaliza a necessidade de maior atenção ao planejamento financeiro das famílias e empresas, além de reforçar o papel de políticas públicas para amenizar os efeitos da inadimplência.

“Vale esclarecer que os imóveis podem ser leiloados em várias circunstâncias, geralmente vinculadas à inadimplência ou decisões judiciais. Entre elas estão dívidas de financiamento e condominiais, impostos em atraso, falência e execução judicial”, lista o CEO.

Mercado em evolução

Segundo Assumpção, este mercado tem grande potencial para continuar evoluindo. “Os leilões oferecem descontos significativos em relação ao mercado tradicional, frequentemente em torno de 50%. Além disso, a popularização dos pregões online tem aumentado a participação de diferentes públicos. Outro ponto é que os investidores estão cada vez mais atentos a esta opção como uma forma de expandir os seus portfólios”, afirma Assumpção. Para ele, com este cenário, o segmento não só permanecerá relevante como também desempenhará um papel de destaque na diversificação das opções de compra e investimento no Brasil.

Para quem tem dúvidas sobre como funciona um leilão de imóveis, o CEO da Urban Systems explica que o certame é uma venda pública em que propriedades são ofertadas para o maior lance, podendo ser organizado de forma judicial ou extrajudicial. Assumpção diz que qualquer pessoa pode participar, desde que atenda às regras do edital e tenha condições financeiras para cumprir os prazos de pagamento. “A dica para uma aquisição segura é ler com muito cuidado o edital, pois neste documento constam todas as informações sobre o imóvel leiloado. É fundamental esclarecer ainda que a maioria das unidades está ocupada e que a responsabilidade e os custos de retirar o antigo proprietário serão do arrematante”, orienta Assumpção.

Conteúdo elaborado pela redação da Urban Systems.

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