Desenvolvimento e planejamento estratégico das cidades
Administrar uma cidade e trabalhar para o seu desenvolvimento sustentável e inteligente exige superar dificuldades nos campos político, social, econômico e ambiental.
A falta da cultura do planejamento na sociedade brasileira dificulta a transformação das ideias em objetivos e metas concretas, possíveis de se tornarem realidade, especialmente no setor público.
A criação e execução de um planejamento estratégico, com visão de curto, médio e longo prazo é primordial para o sucesso do desenvolvimento sustentável das cidades. Esse planejamento deve contar com envolvimento não apenas do poder público, mas também de outros agentes de desenvolvimento, como empresários, empreendedores, terceiro setor, academia e a própria sociedade.
Entender a cidade profundamente, suas necessidades e conhecer suas vocações é fundamental para definir as prioridades do gestor público, estruturar planos estratégicos e de ação, com o objetivo de antecipar e atender às demandas da população e suas futuras gerações.
Diagnóstico
Para o desenvolvimento de uma cidade inteligente e economicamente sustentável, o primeiro passo é olhar para si mesma. Um diagnóstico profundo de indicadores econômicos, demográficos, de saúde, educação, serviços, infraestrutura, entre outros, permite ao gestor o entendimento da situação atual do seu município.
A partir desse “autorretrato” detalhado é possível investigar com grande precisão a origem dos problemas mapeados, identificando oportunidades e pontos de atenção.
Outra questão importante é fazer desse diagnóstico um exercício de acompanhamento e comparação dos indicadores em diferentes escalas. Como estou em relação a anos anteriores? Como estou em relação à minha região, estado ou país? Estou melhor ou pior do que minhas “cidades irmãs” de mesmo porte demográfico e econômico? Há metas estabelecidas para esses indicadores? São perguntas chave para parametrização de objetivos e para o planejamento estratégico.
Plano estratégico
Após a conclusão do diagnóstico e mapeamento dos GAPs da cidade, chega o momento da elaboração do plano estratégico focado em dois pontos específicos: o econômico e o urbano.
Do ponto de vista econômico será possível explorar as potencialidades daquela cidade, estabelecer metas de desenvolvimento, o tipo de capital humano que precisará ser formado, quais empresas serão atraídas para aquele local e qual será a infraestrutura necessária para suportar o desenvolvimento de determinada cadeia produtiva.
Importante frisar que o olhar econômico compreende a análise do município e da região, em suas diferentes escalas de relacionamento, uma vez que o desenvolvimento econômico não é determinado pelos limites políticos da cidade.
Já do ponto de vista urbano, devem ser consideradas as particularidades das diferentes regiões da cidade para que sejam identificadas oportunidades de desenvolvimento de cada área, a complementariedade entre elas e as demandas por soluções específicas.
Âncoras de Desenvolvimento
Alguns municípios possuem “âncoras de desenvolvimento”, ou seja, um setor econômico já bastante desenvolvido (ou mesmo uma infraestrutura, como o aeroporto, por exemplo), que serve como base para a expansão de outros setores e para a população em geral.
O planejamento estratégico, ancorado no desenvolvimento de uma potencialidade da cidade, cria diretrizes para a ampliação de sua importância na economia local e regional e também gera condições para a atração de negócios correlatos ou novos, impulsionados pela ampliação da força dessa âncora se valendo das externalidades econômicas positivas geradas por esse motor de desenvolvimento existente.
Paralelamente, o planejamento deve entender a potencialidade do município como um todo, não focar apenas na âncora já desenvolvida. Considerar que existem outras formas de impulsionar o seu desenvolvimento, novas cadeias e modelos econômicos que podem reduzir a suscetibilidade às oscilações macro econômicas.
Plano de ação
Além de planejar, é preciso realizar. E só é possível concretizar o plano de ação envolvendo outros atores além do setor público. O empresariado, a academia, o terceiro setor e a população precisam trabalhar juntos para transformar o que foi planejado em realidade.
Somente com o envolvimento de todos os atores da cidade é que se torna possível planejar e executar o desenvolvimento econômico sustentável de longo prazo, alinhado às necessidades de todos que nela vivem.
No desenvolvimento do Plano de Ação prioriza-se os investimentos e determinam-se quem serão os parceiros para a implementação dessas ações a curto, médio e longo prazo, uma vez que não compete apenas a municipalidade o investimento nas estratégias para o desenvolvimento da cidade, da população e das empresas.
Aeroporto de Botucatu
Em 2016, a Urban Systems realizou o Plano de Desenvolvimento Econômico do Aeroporto Municipal de Botucatu, para a prefeitura da cidade. O estudo apontou diretrizes para indução do desenvolvimento econômico e urbano do município considerando o aeroporto como uma das principais âncoras.
Além disso, os dados coletados e analisados demonstraram que a expansão da região promoverá impacto de longo prazo, alavancado pelo desenvolvimento da infraestrutura e implantação de novas empresas.
Clique aqui e confira detalhes do Plano de Desenvolvimento Econômico do Aeroporto Municipal de Botucatu.
Entenda porquê pensar de forma conectada é fundamental para um planejamento estratégico sustentável.
Willian Rigon, Diretor Comercial e Marketing na Urban Systems
Fernando Camilher Almeida
Parabens Willian, muito bom. Todos os municípios que não usam esta metodologia estão fazendo o trabalho pela metade
Alcides Volpato
Nós estamos em plena aplicação deste mesmo modelo de Planejamento Estratégico em Itajaí, PEMI 2040, projetado para 2040.
Gostaríamos de conhecer mais sobre a proposta de vocês.
Urban Systems
Olá Sr. Alcides,
Agradecemos pelo interesse.
Entraremos em contato!
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