Receitas Acessórias
Diversificar as fontes de receita com receitas acessórias
Diversificar as fontes de receita com receitas acessórias, se tornou ferramenta fundamental para viabilizar projetos de investimento. Ao mesmo tempo que desperta o interesse de mais empresas, soluciona problemas de alocação de recursos, reduz custos e mitiga riscos.
A exploração das chamadas receitas acessórias, fontes de receita alternativas à atividade principal de determinado empreendimento, teve início na década de 90 através de privatizações que concederam ativos rodoviários à iniciativa privada.
O modelo trazia novidades para as parcerias público privadas no Brasil, já que as concessionárias também teriam a possibilidade de obter receitas alternativas ou complementares além das tarifas cobradas dos usuários.
Como começou o movimento das receitas acessórias
O movimento começou com a publicidade, os outdoors, ao longo das rodovias. O que não demorou a acontecer em outras concessões da área de transporte, como nos metrôs, rodoviárias e posteriormente em aeroportos. Com o passar do tempo, surgiram outras modalidades de geração de receitas acessórias, como o aluguel de espaços para comércio, varejo e alimentação.
Devido à importância que a exploração de receitas acessórias tem hoje para o equilíbrio econômico-financeiro dos empreendimentos, a tendência é que a discussão e análise sobre tais atividades comece com cada vez mais antecedência nos projetos de concessão.
Para se ter uma ideia dessa relevância, matéria publicada na Folha de São Paulo em 08/06/19 revela que o Metrô de São Paulo já pode ser considerado o 5º maior shopping da cidade, com 374 pontos comerciais locados, que geram uma receita adicional à operação da companhia da ordem de 3% de todo seu faturamento.
Estudos mercadológicos aprofundados permitem identificar oportunidades de agregar receitas acessórias à atividade principal de maneira eficaz e segura.
Importância das receitas acessórias
Embora as receitas acessórias aparentem ter função secundária na estrutura financeira de um empreendimento, é preciso destacar sua importância.
Em alguns casos é possível explorar as fontes geradoras dessas receitas com tal eficiência, que elas acabam por se tornar tão importantes quanto as receitas das atividades principais, que serão recebidas pelo concessionário.
Os exemplos de sucesso de empreendimentos associados à contratos de concessão são muitos, em todo o mundo. Uma das experiências bem-sucedidas mais conhecidas é a dos serviços metro ferroviários da Ásia, com destaques para as cidades de Tóquio e Hong Kong, nas quais as receitas acessórias (considerando o comércio, lazer, serviços e desenvolvimento imobiliário), já superam as tarifárias.
Além de agregar eficiência econômica à execução da concessão, a previsão contratual de atividades alternativas possibilita ainda o desenvolvimento de outras atividades de interesse público.
Como por exemplo, a renovação de áreas urbanas degradadas combinada à implementação de linhas de metrô, ou trem; o desincentivo ao uso do automóvel em grandes metrópoles associado à exploração de bicicletário junto às estações de metrô, ônibus ou às garagens públicas para automóveis; entre outros.
Mercado Imobiliário
O mercado imobiliário também se envolveu no movimento de geração de receitas acessórias. Além dos complexos multiuso em Centros Comerciais, que complementam a operação com edifícios de escritórios, restaurantes, consultórios e hotéis, há diversas outras oportunidades a serem exploradas de maneira inovadora.
Uma tendência atual no mercado imobiliário é a geração de receitas acessórias não objetivando apenas a diversificação de fontes de receita, mas a busca pela sustentabilidade e o atendimento de demandas internas.
Geração de energia solar fotovoltaica, reuso de água, tetos verdes que geram conforto térmico sem uso de energia elétrica são exemplos de como uma ação pode reduzir custos e atender demandas ambientais globais, locais e trabalhistas.
Experiência da Urban Systems em receitas acessórias
Com mais de 20 anos de experiência em estudos de mercado nos mais variados moldes, a Urban Systems se destaca também no dimensionamento de Receitas Acessórias.
A atuação da Urban Systems vem desde a pré-licitação, quando o poder público está estudando a viabilização e maneiras de trazer o investimento privado por exemplo com as MIPs (Manifestações de Interesse Privado), até as próximas fases desse processo, auxiliando as postulantes à concessão na elaboração de ofertas sob o ativo público, bem como a implantação.
No portfólio da Urban Systems estão estudos e desenvolvimento de projetos para rodovias, estações de trem e metrô de grandes cidades, terminais urbanos, portos e aeroportos.
Leandro Begara, Diretor de Inteligência de Mercado na Urban Systems.
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