Varejo em expansão e as novas formas de consumo
Shoppings investem na ampliação do mix para atender um público cada vez mais exigente
É fato que a pandemia mudou a nossa forma de consumir. Com a facilidade de comprar tudo pela internet, sair de casa para ter acesso a um produto ou a um serviço tornou-se uma opção e não uma obrigação. Atento a essa realidade, o mercado de shopping centers também precisou se reinventar para atender um público cada vez mais exigente. Se antes esses empreendimentos tinham as lojas como os principais atrativos, hoje eles vão muito além.
Para alcançar este objetivo, a expansão é a estratégia adotada pelo setor. Matéria da revista Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) mostra que os investimentos em ampliação crescem no país, alavancando tendências. A publicação afirma que, segundo o Censo Brasileiro de Shopping Centers, da Abrasce, 9% dos empreendimentos passaram por expansão em 2023. E para os próximos dois anos, 25% dos respondentes afirmaram que pretendem expandir em 2024 e 2025. O conteúdo ressalta que as ampliações são voltadas para o mix e para as oportunidades de favorecer a convivência e a conveniência de quem frequenta os shoppings. A Allos é uma das empresas destacadas na matéria. Com 58 shoppings no portfólio, a companhia prevê investir de R$ 450 milhões a R$ 550 milhões em projetos de expansão e revitalizações este ano.
Leandro Begara, diretor de Inteligência de Mercado da Urban Systems, consultoria que tem grande experiência na realização de estudos de potencial de mercado para comércio e varejo explica que os estudos para o segmento de shopping centers envolvem, por princípio, todo o levantamento e análise de informações da realidade de mercado, tanto do ponto de vista da demanda, considerada a partir da presença de público e seu perfil demográfico e econômico, quanto da oferta, por meio de levantamento completo e detalhado dos estabelecimentos já existentes. “Essa conexão entre a demanda e a oferta permite o entendimento do potencial de consumo ainda a ser explorado, ou até mesmo a ser conquistado da concorrência”, ressalta Begara. Vale a pena entender mais sobre o assunto neste conteúdo que o executivo publicou em nosso blog: Leia aqui.
Estratégias para atrair o público
Recentemente, os principais players do segmento de shopping centers e varejo elaboraram um relatório para o GRI Club, iniciativa que fomenta o relacionamento e negócios em real estate. De acordo com o estudo, o segmento tem observado que, sob uma perspectiva macroeconômica, a população enfrenta um aumento no endividamento e uma queda geral no poder de compra. “Essa situação exige que as empresas do setor sejam criativas para alcançar bons resultados. As estratégias adotadas incluem a personalização da experiência de compra, a realização de ações promocionais fora de datas comemorativas e o desenvolvimento de novas abordagens de marketing para aproximar as marcas dos consumidores”, explica o conteúdo.
Já no aspecto imobiliário, uma tendência apontada pelo relatório do GRI Club é a expansão das lojas e a adoção de novos formatos, com mais mercadorias em espaços com áreas brutas locáveis (ABL) cada vez mais reduzidas. “Diante dos avanços do e-commerce, o sentimento dos players é de que a loja física funciona como um centro de distribuição, gerenciando a entrega de todas as vendas dentro da sua zona de influência. Não há um padrão definido para o tamanho ideal. A palavra-chave é personalização. Cada ponto de venda está sendo projetado de acordo com o perfil do público local, uma abordagem que está se fortalecendo. Anteriormente, os estoques e layouts eram padronizados”, afirma o estudo.
Dinâmicas de consumo
Para garantir maior segurança nos investimentos, especialmente no mercado de varejo, é fundamental que o investidor avalie todos os fatores relevantes para mitigar os riscos do negócio. Uma das maneiras é compreender as novas dinâmicas de consumo e o impacto nos modelos tradicionais de operação varejista. “Esta compreensão permite traçar estratégias eficazes e planejar o crescimento e a participação no mercado de maneira informada e estratégica”, observa Leandro Begara, diretor de Inteligência de Mercado da Urban Systems.
Nos estudos elaborados pela empresa, é realizada uma análise de mercado detalhada para avaliar a demanda atual e futura. “A partir das características culturais e econômicas da cidade, é possível moldar estratégias de expansão que sejam realmente eficazes, adaptando-se às particularidades de cada local”, explica Begara. Ele lembra que as mudanças nos perfis do consumo e na maneira de viver, morar e trabalhar das pessoas geram demanda por novos e diferentes espaços. “Portanto, é crucial entender que esses ambientes de consumo podem representar tanto oportunidades quanto ameaças para os negócios”, alerta o diretor da Urban Systems.
Em um setor em constante transformação, é essencial compreender e atender às expectativas de um público cada vez mais exigente.
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Conteúdo elaborado pela redação a Urban Systems.
Fonte:
Investimentos em expansão crescem e alavancam tendências do mercado