Crowdfunding no Mercado Imobiliário
O financiamento coletivo, conhecido como crowdfunding, intensificou-se no país como a resposta para projetos precisando de investidores em tempos de crise. O modelo de economia colaborativa começou com as startups, projetos sociais e de tecnologia, mas não demorou para outros mercados entenderem seu potencial. Aplicado ao mercado imobiliário, atende às necessidades dos empreendedores que buscam taxas mais atrativas do que as praticadas pelos bancos e para os investidores que procuram alternativas mais rentáveis de investimento.
As vantagens não param por aí. O crowdfunding possibilita que todo o investimento seja feito online de forma transparente e segura por meio de plataforma colaborativa, além de permitir escolher entre diversos empreendimentos e diversificar seu portfólio, sem a necessidade de comprar um imóvel ou dispor de grande quantidade de capital.
Atualmente, o crowdfunding imobiliário tem financiado principalmente projetos residenciais, tanto verticais (prédios de apartamentos) quanto horizontais (loteamentos). O financiamento coletivo acontece na fase de construção e finalização, quando usualmente as incorporadoras e construtoras buscam recursos junto aos bancos ou fundos imobiliários e funciona para empreendimentos de diversos padrões: desde alto e médio, até moradias populares.
Tendência que veio para ficar
O crowdfunding imobiliário surgiu no ano de 2015 no Brasil e a partir de 2017 passou a ser regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Desde então, a modalidade cresce exponencialmente e já existem diversas plataformas digitais de investimento no Brasil, como a pioneira gaúcha Urbe.me e a paulistana Glebba.
Levantamento divulgado pela CVM em abril desse ano prova que essa é uma tendência que veio para ficar. Em 2018, o crowdfunding permitiu a captação de mais de R$ 46 milhões, um crescimento de mais de 451% em relação aos R$ 8 milhões registrados em 2016. Neste período, o número de investidores na modalidade registrou uma alta de, aproximadamente, 716%, enquanto as ofertas fechadas com sucesso evoluíram de 24 para 46. *
Calculando riscos com a Urban Systems
Mesmo com todas as facilidades e as boas perspectivas de mercado para os próximos anos, investir em crowdfunding imobiliário também traz riscos como qualquer investimento. Neste caso, é possível afirmar que o principal risco desse negócio é o risco de demanda, uma vez que o retorno do investimento virá dos compradores finais dos imóveis.
Portanto, é fundamental que o investidor conte com informações precisas sobre o seu potencial de mercado, para que possa avaliar o risco de determinado empreendimento.
A empresa em busca de captação de investimento também pode apresentar como diferencial, respostas sobre os riscos de demanda para seu projeto, por meio de estudos de inteligência de mercado realizados por uma consultoria especializada independente, antecipando assim as dúvidas de seus investidores.
A Urban Systems, considerada referência no estudo de vocação imobiliária e estruturação de produtos, analisa o risco de demanda, com métricas e projeção da velocidade de vendas, para que o empreendedor consiga justificar o seu investimento junto ao investidor e para que o investidor possa tomar uma decisão embasada e mais segura.
Paulo Takito, sócio diretor da Urban Systems
*Fonte: http://www.cvm.gov.br/