Câmara das Cidades 4.0 confirma importância das discussões de Cidades Inteligentes iniciadas no CSC

Se podemos chegar a uma conclusão após a 1ª Reunião Ordinária da Câmara das Cidades 4.0, realizada em Brasília no dia 19 de fevereiro de 2020, é de que a Urban Systems e o Connected Smart Cities estão no caminho certo. Desde 2015, quando iniciamos os preparativos para o lançamento da plataforma Connected Smat Cities, acertamos na escolha dos temas abordados para a discussão do desenvolvimento de cidades inteligentes nos municípios brasileiros.

A Câmara das Cidades 4.0 foi criada em 05 de dezembro de 2019, numa parceria firmada entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC e o Ministério do Desenvolvimento Regional – MDR para desenvolvimento de trabalho conjunto e sinérgico sob a temática de Cidades Inteligentes.

O projeto é consequência do Decreto nº 9.854, de 25 de junho de 2019, que institui o Plano Nacional de Internet das Coisas (Internet of Things – IoT, em inglês), onde foram identificados os principais ambientes para aplicações de soluções de IoT, sendo eles: Saúde, Indústrias, Rural e Cidades. Estudo do MCTIC e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES identificou que investimento em IoT no ambiente de Cidades poderá representar um retorno para o Brasil de até R$ 27 bilhões até 2025.

TEMAS ABORDADOS

Reunindo representantes do Poder Público Federal, Estadual e Municipal, do Setor Privado, da Indústria e da Academia, a reunião teve como objetivo discutir as formas que estes setores possam, juntos, ajudar na construção da política pública brasileira para Cidades Inteligentes e construir um ambiente promissor, buscando elevar a qualidade de vida por meio da adoção de tecnologias e práticas que viabilizem a gestão integrada dos serviços para o cidadão e a melhoria da mobilidade, segurança pública e uso de recursos.

Durante a reunião, foram realizadas apresentações por parte do MCTIC e MDR, discutido o Regimento Interno da Câmara, sua Governança e seus Grupos de Trabalho.

Para nós, o mais relevante, além de poder participar dos grupos de discussão, foi identificar que, desde a primeira edição do Connected Smart Cities, estamos fomentando a discussão e criando os caminhos para o desenvolvimento das formas com que as cidades poderão se tornar mais inteligentes com o auxílio do governo federal e órgãos correlatos.

CIDADES MAIS HUMANAS E TECNOLOGIA COMO MEIO

O atendimento ao cidadão, ao indivíduo, foi apontado como centro das atenções e motivo primordial para o desenvolvimento da cidade de forma inteligente. É com o objetivo de tornar a cidade mais humana, acolhedora, tornando a vida diária de seus habitantes melhor e mais fácil, que as políticas públicas de smart cities devem ser implementadas.

As soluções buscadas pelos entes públicos e seus parceiros devem ter como foco a melhoria da qualidade de vida da sua população, utilizando as tecnologias disponíveis na medida em que estas irão tornar possível a realização das mudanças necessárias.

Como discutido desde os primórdios do CSC, a tecnologia é importante para o desenvolvimento das cidades, mas devem-se valer de um planejamento também inteligente por parte dos gestores. Caso contrário, apenas gerarão custos para o município, com investimentos desnecessários, como por exemplo, utilizando semáforos inteligentes em cidades sem problemas de tráfego intenso de veículos em suas vias.

SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA E PLANEJAMENTO URBANO

Outros dois pontos abordados e que são pilares nos estudos e planejamentos estratégicos para cidades da Urban Systems foram: a importância de que o plano de cidades inteligentes seja sustentável em seu tripé (ambiental, social e econômico), com ênfase no desenvolvimento econômico e na relevância de se conceber um projeto de smart city considerando o pensamento urbano.

É de fundamental importância compreender que políticas públicas se materializam na cidade e no cotidiano da população por meio do espaço urbano. Intervenções em mobilidade, urbanismo, segurança, energia, tecnologia e até mesmo economia, tem reflexo no espaço urbano das cidades e dessa forma devem ser pensadas em consonância com o planejamento urbano e as diversas leis que regem o ordenamento territorial da cidade, diminuindo barreiras e impeditivos ao desenvolvimento dessas políticas.

A importância da sustentabilidade econômica dos projetos, foco da Urban Systems, permeia diversos fatores, desde a viabilidade de implantação dos projetos a serem planejados, até mesmo ao seu tempo e atores envolvidos, uma vez que o desenvolvimento de cidades inteligentes é um projeto de Estado e não apenas de ciclos políticos na esfera municipal (de 4 ou 8 anos).

Trouxemos esses pontos para discussão desde o lançamento do Connected Smart Cities, envolvendo não apenas o poder público executivo (que se renova), mas também os corpos técnicos administrativos da cidade, a academia e demais atores que impactam no desenvolvimento da cidade.

RANKING CONNECTED SMART CITIES

Fruto do estudo de todas as pesquisas internacionais de cidades inteligentes, sustentáveis e humanas, o Ranking Connected Smart Cities já abordava, em 2015, a importância de um olhar regional e por porte populacional, entendendo que há diferentes níveis e estratégias para se desenvolver cidades inteligentes no país e que determinadas soluções ou necessidades não se aplicam ao universo de 5570 municípios brasileiros. Este tema também foi discutido na reunião e haverá de ser feito um entendimento de como atender a necessidade de cada cidade brasileira no âmbito das políticas públicas.

Por fim, após discutir todos esses pontos, fica a lição de casa aos envolvidos e futuros grupos de trabalho para agilizar, na esfera federal, o desenvolvimento do pensamento e estratégia para cidades inteligentes no Brasil. Nossa contribuição e esforços, Urban Systems e Connected Smart Cities, estão na mesa há anos, e nosso espaço de discussão, demonstração e apresentação de soluções deste ano aconteceu no evento Connected Smart Cities nos dias 08, 09 e 10 de setembro de 2020. Até mesmo nossos indicadores estão sendo contemplados para a discussão. Dos três indicadores revelados na apresentação prévia realizada nesta primeira reunião, dois fazem parte do Ranking Connected Smart Cities, que você pode conferir acessando nossa página.

Conheça mais sobre nossas soluções para cidades neste link.

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Willian Rigon, Diretor Comercial e Marketing na Urban Systems