Desenvolvimento do patrimônio e lógica urbana

Um dos legados da pandemia é a necessidade de os investidores planejarem o desenvolvimento do seu patrimônio de acordo com uma nova lógica urbana e cidade mental, sempre com foco na qualidade de vida

O desenvolvimento patrimonial correto e com riscos minimizados não é um processo simples e exige muito planejamento. Atualmente, com as mudanças trazidas pela pandemia, mudança no comportamento e perfil dos consumidores e da vida nas cidades, esses desenvolvimentos exigem um novo foco, e uma visão mais atraente para intidores. Atualmente, o desenvolvimento do patrimônio tem como foco o crescimento sustentável da cidade, fazendo uma releitura dos usos dos patrimônios, sejam públicos ou privados. Essa releitura visa maximizar o rendimento, dos ativos e, simultaneamente proporcionar uma inserção de produtos imobiliários na cidade que venham atender a demanda latente e propor uma nova lógica que tem sido demandada desde o início da pandemia.

Temos alguns eixos estruturais que balizam os estudos da Urban Systems. Um deles, por exemplo é o reequilíbrio econômico das cidades, que necessitam da geração de emprego e renda, como garantia da sua sustentabilidade econômica, e este conjunto de ações está diretamente ligado a capacidade que a cidade tem de identificar sua vocação, olhar para os seus ativos imobiliários e propor mudanças e inserções que venham a melhorar o equilíbrio e a qualidade de vida em seu território.

Nosso olhar tem como objetivo entender a lógica urbana de funcionamento da cidade, olhar para os ativos de maneira sistêmica e multidisciplinar que venha a propor uma inserção de produtos imobiliários nesse tecido urbano com vistas a reequilibrar a relação oferta e procura nos mais diversos seguimentos na cidade, sejam eles comercial, residencial, varejo, logístico, entre outros.

Lógica urbana

A preocupação da Urban Systems é entender a lógica urbana vigente e propor uma nova a partir da inserção desses produtos e das necessidades das pessoas. Identificamos demandas latentes que não são atendidas, e vamos ao encontro destas demandas do ponto de vista mercadológico e geográfico da cidade.  Estas inserções são também compatíveis com os aspectos cultural, socioeconômico e de mobilidade urbana, algo que tem protagonizado muitas discussões sobre as cidades em função das mudanças na maneira de viver trazidas pela pandemia. Esses ingredientes, além do trabalho e moradia, são fundamentais para a composição da nova lógica urbana e da cidade mental das pessoas.

A preocupação que sempre temos é em relação a alguns limitadores legais, como os planos diretores e legislações de uso e ocupação do solo, que têm sido modificados em muitas cidades, permitindo a criação de oportunidades descentralizadas como shoppings de bairro, mercados de bairro, hospitais de bairro, diminuindo o deslocamento diário nas cidades e favorecendo assim a mobilidade urbana.

Landbanks

Atualmente, as incorporadoras e grandes empresas varejistas estão repensando seu modelo de negócio com operações mais direcionadas ao bairro e oferecendo atividades complementares nas áreas remanescentes. Produtos como esses, que citamos anteriormente, trazem outras oportunidades de diversificação do negócio, com o landbank, ou banco de terrenos, que se tornou o centro das estratégias de negócios de incorporadoras e construtoras. A principal estratégia de crescimento orgânico das incorporadoras, sem ser por aquisição de outras empresas, é o landbank. É com os terrenos desse banco que se sabe o potencial de demanda de lançamentos e a capilaridade a ser alcançada.

Os grandes estacionamentos que tinham um papel importante nessas redes, hoje são utilizados para a instalação de produtos imobiliários que atendam demandas daquela região. Isso vale tanto para grandes patrimônios privados, quanto para áreas do poder público que podem ser dinamizados por meio de Parcerias Público Privadas que possam desenvolver esses ativos. Essa iniciativa já parte de todas as esferas governamentais Federal, Estadual e Municipal, que irão proporcionar uma releitura de ativos subutilizados que serão inseridos nessa nova lógica de desenvolvimento imobiliário e de viver.

Estamos em um momento de transição, os landbanks, que eram atrelados à lógica antiga, agora estão sendo mais bem explorados com uma diversidade importante de produtos que causam impacto na vida cotidiana das pessoas, sempre respeitando a dinâmica econômica e qualidade de vida. A diversificação do portfólio é muito importante, pois a demanda é multidisciplinar, multifacetada, é preciso entender todos os olhares dessa demanda. Ao fazer uma inserção imobiliária, cada vez mais esse produto é multiproduto, é sistêmico, dependendo do tamanho do ativo e da demanda, o que faz parte das análises que fazemos sempre com foco na lógica urbana e cidade mental. A utilização prática desses conceitos é um grande diferencial do trabalho da Urban Systems e seu conhecimento em análise de cidades.

A Urban Systems atua em todas as etapas da estruturação do negócio, do estudo a colocação de produtos de base imobiliária junto ao mercado de loteadores, incorporadores, operadores e investidores. Esse trabalho conjunto permite a busca de soluções inovadoras e criativas para a utilização de um ativo imobiliário, sempre com o foco na melhoria da vida das pessoas e em cidades mais inteligentes e sustentáveis.

Conteúdo elaborado por Thomaz Assumpção, CEO e sócio-fundador da Urban Systems.

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