Porto Maravalley impulsiona o desenvolvimento de uma nova centralidade no Rio de Janeiro

Região, que já conta com empresas de tecnologia e novas moradias, recebeu estudos da Urban Systems

Dando sequência ao processo de desenvolvimento do Porto Maravilha, na região central do Rio de Janeiro, a Prefeitura inaugurou recentemente o hub de inovação Porto Maravalley, espaço com cerca de 10 mil metros quadrados que tem forte base na educação pública e privada. O grande objetivo da iniciativa é reunir o conhecimento gerado por instituições de ensino e centros de pesquisa e, assim, qualificar a população do entorno e demais interessados que poderão, no futuro, trabalhar nas empresas e startups de tecnologia instaladas no local.

Matéria publicada pelo portal da Prefeitura destacou que foram investidos R$ 45 milhões na construção e na compra de equipamentos, além de mais R$ 45 milhões na aquisição de 67 apartamentos no Porto Maravilha que serão usados como alojamentos dos alunos do IMPA Tech (Instituto de Matemática Pura e Aplicada). Os estudantes também irão receber bolsa-auxílio, (saiba aqui). Para se ter ideia, o hub terá cerca de 30 salas, espaço de coworking, laboratório, auditório, restaurante, café e uma área comum com uma grande arena para eventos, que faz ligação com o IMPA Tech. “A gente está impactando e trazendo de novo para o Rio de Janeiro um protagonismo, uma centralidade de novas ideias, de novos negócios, e a economia do país pode se utilizar disso. Tenho certeza de que esse é o melhor lugar para se viver, para se investir, para se trabalhar e para estudar matemática também”, ressaltou o prefeito Eduardo Paes no dia da inauguração.

Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/noticia

Paulo Takito, sócio-diretor da Urban Systems, também comemora a nova fase do Porto Maravilha, pois a consultoria realiza desde 2007 estudos focados na região. “Em 2007, o mundo era outro. Foi um período em que todos estavam animados com a perspectiva de o Rio ser a sede da Copa do Mundo. E já nesta época percebemos em nossos estudos que o Porto Maravilha era uma oportunidade histórica de requalificar o Centro do Rio, seguindo exemplos notórios como o de Barcelona. No entanto, o movimento não aconteceu na velocidade e na forma que esperávamos. Agora, é possível ver um cenário mais maduro que tem a participação dos governos municipal, estadual e federal, e também da iniciativa privada, o que é muito positivo para a região”, analisa Takito.

Mais recentemente, o sócio-diretor destaca o projeto “Masterplan Centro do Rio de Janeiro”, encomendado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em parceria com a Prefeitura. O consórcio liderado pela Urban Systems fez um grande estudo de requalificação de 75 imóveis ociosos da região, dos quais 46 já contam com sugestões de projetos que poderão ser colocados em prática por meio de parcerias entre o público e o privado. E o Porto Maravalley também integra o levantamento. “Quando fizemos esse estudo já existia a intenção de ser abrir o IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e agora ele foi inaugurado. Outra iniciativa muito interessante é a 42 Rio, iniciativa internacional que oferece cursos gratuitos para formar programadores no mercado em alto nível, além de desenvolver novos talentos para o setor de tecnologia. Então, ficamos muito felizes de testemunhar que as ideias estão saindo do papel para tornar o Porto Maravilha uma nova centralidade, unindo moradia, educação, lazer, comércio e serviços”, pontua o executivo.

Carioca viajante

Um dos aprendizados nesta longa jornada de pesquisas sobre o Centro foi a identificação de um perfil de carioca que a Urban Systems nomeou de “carioca viajante”. “Era o profissional que morava longe e que viajava todos os dias para trabalhar no Centro. O carioca de menor renda era o que mais sofria, pois passava duas, três horas no trânsito. Já o que tinha uma renda melhor, muitas vezes, alugava ou comprava um apartamento pequeno na região para estar próximo do trabalho e, nos finais de semana, ia para casa ficar com a família. Vimos muito isso com pessoas que tinham a primeira residência na Barra da Tijuca, no Recreio dos Bandeirantes e em Niterói. Com a nova realidade do Porto Maravilha oferecendo opções de moradia, esse deslocamento tende a diminuir”, prevê Takito.

Ele lembra que morar no Centro é uma opção cada vez mais comum dos cariocas, já que hoje é possível encontrar residenciais para todas as faixas de renda no Porto Maravilha. Matéria do jornal O Globo confirma a tendência (leia aqui) “Essa é uma pegada inclusiva importante. Muitas vezes os empreendimentos pelo Minha Casa, Minha Vida eram construídos em áreas periféricas, longe do centro, o que é um problema, pois as pessoas têm raízes, família e amigos. Deixar tudo isso para morar em outro bairro mais longe porque é mais barato não faz sentido”, observa Takito.

Na avaliação dele, o Porto Maravalley é uma grande oportunidade de transformação para as pessoas que moram no entorno (Santo Cristo, Gamboa etc.). “Acredito que o Porto pode ser uma ponte entre a pobreza e a riqueza cultural. Será possível um jovem da comunidade ter acesso à educação de qualidade, criando oportunidades para seu enriquecimento cultural e até virar diretor de uma multinacional ou dono de uma startup. E poderá também permanecer perto da sua raiz”, destaca. Takito complementa que a região tende a ser um grande hub, pois novos projetos de escritórios, moradias, comércios e serviços estão sendo desenvolvidos, além de âncoras importantes já presentes como os terminais Rodoviário e o Gentileza. “É um lugar que está ganhando vida de forma democrática e com alta qualidade”, afirma Takito.

Conheça o futuro do Centro do Rio de Janeiro! Acesse aqui o estudo completo.

Conteúdo elaborado pela redação Urban Systems.

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