Logística e presença digital pós pandemia

O novo coronavírus (COVID-19) reforça a importância da presença digital das empresas e impõe desafios para a logística

O isolamento social voluntário se mostrou, até o momento, a melhor alternativa para conter a disseminação do novo coronavírus (COVID-19). Essa nova maneira de viver impôs novos padrões de consumo e tem impactado mercados pelo mundo todo. Com mais pessoas em casa, as empresas têm se reinventado, aumentando a sua presença digital por meio de vendas online e afetando toda a cadeia logística e de abastecimento.

O presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog)*, Pedro Francisco Moreira, afirmou em webinar realizada no último dia 30 de abril, que a crise do coronavírus deixou claro que a retomada dos negócios vai se dar num cenário de intensa digitalização “Em menos de dois meses mudaram extraordinariamente as referências que tínhamos ao nosso redor. Nunca houve nada parecido na história da logística brasileira”.

Para o CEO da Urban Systems, Thomaz Assumpção, todas as expansões de mercado e varejo deverão ser repensadas. “A intervenção digital irá ocupar um espaço muito grande e as pessoas irão optar por comprar em casa e sair só em caso de necessidade. Supermercados, farmácias e toda a distribuição do varejo vai se modificar com o objetivo de proporcionar menor deslocamento para as pessoas”, completa.

Regionalização

Outra lição aprendida com a pandemia é que não é possível atender a todos os estados e cidades brasileiras da mesma maneira. As decisões tomadas pelos governos estaduais e municipais relacionadas às medidas de combate ao vírus, dependem, cada vez mais, de fatores específicos de cada região e o mesmo deve acontecer com os mais diversos mercados presentes no País.

O processo de descentralização de serviços nas cidades já estava acontecendo e deverá ser acelerado diante da nova realidade. “A logística, o modelo de entrega e armazenamento com certeza irão mudar. Hoje estamos entendendo, na prática, que não é viável que muitas regiões dependam apenas de um ponto de distribuição. Agora as pessoas adotaram o delivery como principal opção e toda a cadeia deverá se adequar a essa nova realidade de consumo”, comenta Thomaz Assumpção.

Assumpção destaca que os grandes centros de distribuição, agora devem dar lugar aos centros regionais para que o atendimento seja mais eficaz e com menos riscos para as pessoas. “Esse novo modelo de abastecimento descentralizado obrigará a logística a se repensar. O abastecimento desses novos centros terá que se reestruturar e subdividir a logística da entrega”.

Tecnologia

Em um momento de reinvenção de vários mercados, a tecnologia será fundamental, uma vez que a presença digital das empresas irá aumentar muito e deverá ser cada vez mais criativa na busca de soluções. “Iremos entrar em uma nova dimensão no papel do digital na vida empresarial. O mercado deverá se reestruturar para o digital, para o delivery e a inteligência de armazenagem”.

Para o CEO da Urban Systems, o novo modelo de consumo irá demandar um maior uso dos instrumentos digitais e da nova logística. “Os varejos mais impactados pela pandemia como os grandes mercados, complexos comerciais e shoppings deverão se adaptar à nova realidade e a multiplicação de novas centralidades pelas cidades. Será uma nova maneira de viver, comprar e consumir”, completa.

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Conteúdo elaborado pela Redação Urban Systems.

*Fonte:

Associação Brasileira de Logística (Abralog)

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