Secretaria de Logística e Transportes de São Paulo lança o PAM-TL
O PAM-TL foi desenvolvido pelo Consórcio PRO-TL e contou com estudo de potencial imobiliário da Urban Systems
No dia 08 de julho de 2021, a Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, apresentou o Plano de Ação de Transporte e Logística para a Macrometrópole Paulista (PAM-TL), desenvolvido pela necessidade da elaboração de uma solução multidisciplinar e integrada para as questões críticas de transporte e logística de passageiros e de carga na Macrometrópole Paulista (MMP), delimitada pela Região Metropolitana de São Paulo e as quatro outras regiões metropolitanas que a circundam: Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e São José dos Campos.
Um dos objetivos principais do PAM-TL, é “propiciar aumento da eficiência socioeconômica e ambiental da ação governamental nos campos afins do transporte de passageiros e da logística de cargas na MMP e a racionalização do uso dos recursos públicos correspondentes”. O Plano incorpora o princípio de promover a participação do setor privado nos serviços delegáveis, por meio de concessões e PPPs preservado o interesse público.
O PAM-TL é uma realização do Consórcio PRO-TL, composto pelas empresas DB Internacional Brasil Serviços de Consultoria Ltda, Progen Projetos Gerenciamento e Engenharia S.A., TTC Engenharia de Tráfego e de Transportes Ltda., Addax Assessoria Econômica e Financeira Ltda.-EPP, Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados.
Planejamento
Segundo Flávio Chevis, economista e sócio da Addax, o plano surgiu a partir de uma necessidade de consolidar um planejamento logístico de longo prazo para a região denominada macrometrópole, formada por cinco regiões metropolitanas que concentram de 60% a 70% de todo o PIB (Produto Interno Bruto) de São Paulo. “Assinamos o contrato para o desenvolvimento do PAM-TL em março de 2018, a partir de uma licitação lançada pelo Governo do Estado de São Paulo, com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), sendo cada uma das empresas responsável por uma área do plano. A Addax por exemplo, cuidou das projeções, avaliações e modelagens econômicas”, comentou.
Chevis explicou que o PAM-TL avalia todo o fluxo do transporte, tanto de cargas quanto de pessoas, partindo de hoje até o ano de 2040 analisando a suficiência e a capacidade dos sistemas de transporte para atender toda a demanda que surgirá durante esse período. “O Plano traz instrumentos de planejamento para as diretrizes e mudanças que se farão necessárias para um desenvolvimento ordenado juridicamente e economicamente viável. O plano traz uma carteira de projetos para que o Estado execute nos próximos anos com todas as diretrizes de implementação e gestão”, comentou.
Para completar as análises de viabilidade produzidas pela Addax, o consórcio contratou a Urban Systems que realizou o estudo mercadológico de todo o potencial imobiliário e captura do valor para o projeto, a partir do transporte. Além disso, o estudo da Urban Systems analisou o potencial de mercado imobiliário tanto próximo dos equipamentos de transporte, quanto no interior de estações por exemplo, onde existe a possibilidade de implantação de varejo. “O estudo da Urban Systems foi fundamental para confirmar a viabilidade das ações previstas no projeto”, comentou.
Repercussão e próximos passos
Ainda de acordo com Chevis, o PAM-TL tem sido apresentado a diversos players que envolvem toda a cadeia de logística e transportes, com ótima repercussão. “O Plano traz algo que normalmente os governos não oferecem que é um planejamento de longo prazo. O PAM-TL é um plano de ação, já traz as maneiras para a sua viabilização. É um plano de visão sistêmica, integrada e multimodal, demonstra que precisamos, por exemplo, melhorar o transporte ferroviário, tanto de cargas quanto de passageiros”.
O economista explicou ainda que os investimentos no PAM-TL são da ordem de 70 bilhões de reais e que o Plano deve se transformar em uma lei estadual. “Dependemos de ações efetivas dos governos – estadual e municipais-, da sociedade, das entidades empresariais, dos consultores… Enfim, é preciso que todos os stakeholders envolvidos se mobilizem para que o PAM-TL realmente se torne uma lei e, em seguida, saia do papel”.
Conteúdo elaborado pela redação Urban Systems
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