Turismo e hotelaria esperam recuperação a partir do segundo semestre de 2021

Com o avanço da vacinação o setor espera retomar as atividades completamente e voltar aos números pré-pandemia até o final de 2022

O turismo e a hotelaria foram duramente impactados pela pandemia da COVID-19 em 2020. O setor do turismo – responsável por um em cada 10 postos de emprego no mundo – encolheu cerca de 80% em 2020, já no setor hoteleiro, a queda foi de 90% logo no início da crise sanitária, segundo informações da Agência Brasil EBC*. Em março de 2021, falamos aqui no blog sobre o início da recuperação desse mercado tão importante para a economia do País, impulsionado, principalmente, pelo mercado de luxo, que antes mesmo da chegada do coronavírus, já se mostrava contrário a destinos lotados, hotéis e resorts com aglomeração de pessoas.

Para o segundo semestre do ano de 2021, o setor espera uma retomada mais robusta e a volta dos números positivos pré-pandemia. No entanto, para que essa recuperação seja possível, o mercado aposta na vacinação em massa da população, tanto no Brasil quanto no exterior. No Brasil, essa retomada deverá acontecer de forma gradual, dependendo da região e do avanço da vacinação. De qualquer forma, os especialistas e empresários do ramo estão se preparando para a nova realidade pós pandemia e revisando suas políticas de gestão e protocolos de segurança.

Retomada

A retomada da hotelaria e as perspectivas para o turismo foram debatidas no dia 19 de julho (2021), em uma transmissão ao vivo feita pelo Jornal Valor Econômico*. A conversa, foi conduzida por Cristian Favaro, repórter de Turismo e Companhias Aéreas do Valor e contou com a presença de Abel Castro, Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento de Novos Negócios na Accor para América do Sul, empresa francesa que detém a maior rede de hotéis no Brasil.

“Estamos com o desafio de implantar nos hotéis novos protocolos de segurança que possibilitem que os turistas voltem a frequentar os hotéis. Tudo precisou ser adaptado, desde os protocolos de limpeza de quartos, dos buffets, entre outros. No final de 2020 tivemos uma boa ocupação nos hotéis, o que nos sinalizou uma retomada que foi adiada com a segunda onda da COVID que chegou entre os meses de fevereiro e maio desse ano o que nos obrigou a fechar hotéis novamente. Hoje já estamos com 95% dos hotéis abertos e a ocupação tem subido mês a mês”, afirmou.

Segundo Castro, na primeira quinzena de julho, os mais de 350 hotéis da rede Accor no Brasil estavam com 35% de ocupação, melhor índice desde o início da pandemia. Ele destacou também que, em 2020, a receita do setor caiu 50%. A expectativa é acabar o ano com uma receita 30% abaixo de 2019 e no segundo semestre de 2022, chegar ao mesmo patamar pré-pandemia. “Essa queda de receita se deve, além da pandemia claro, à diminuição do número de dias de reserva. Muitas reservas também têm sido feitas de última hora, o que pode causar uma variação nessas expectativas”, explica.

Novas medidas

Os hotéis estão se adaptando, adotando medidas e estratégias para a retomada e recepção dos hóspedes. Entre as medidas, os protocolos de higienização se tornaram ainda mais importantes depois da chegada do coronavírus. Alguns hotéis têm optado por serviços de limpeza nos quartos mais espaçados e outros mais frequentes, a depender do hóspede. O objetivo é evitar ao máximo contato físico.

A Argo Solutions*, empresa de gestão de viagens, destacou algumas dessas medidas como a disponibilização do cardápio digital, uso de máscaras por colaboradores em tempo integral, e disponibilizar kits que incluam máscaras, álcool ou gel antisséptico para mãos e toalhas desinfetantes nos quartos.

Segundo as informações da empresa, os hotéis também devem oferecer maior flexibilidade para as reservas, estendendo o período de alteração ou cancelamento. Essa flexibilidade é necessária pelo fato de que muitos estados e municípios podem ordenar repentinamente o fechamento ou impedimento do funcionamento de hotéis com o intuito de minimizar propagação da Covid-19.

As áreas de lazer também deverão ser adaptadas para evitar aglomerações. Alguns hotéis pedem que os hóspedes marquem sessões antecipadamente para utilizar áreas comuns, como piscinas, spas, parques, academias, entre outros locais.

Turismo doméstico

O turismo doméstico parece ser a saída no momento para os brasileiros. Segundo estudo da Travel Consul*, rede de marketing especializada em viagens, mostrou que em março houve um aumento de 43% em viagens domésticas no País. O turismo de lazer, que foi o primeiro a iniciar a retomada de atividades ainda em meados do ano passado, provavelmente será o primeiro a se recuperar, conforme já abordamos aqui no blog, principalmente no mercado de luxo.

O estudo se baseou na entrevista com 1.292 executivos do setor de turismo (incluindo proprietários de agências, operadoras de turismo e agentes independentes). Outro sinal positivo para a retomada, ainda segundo o levantamento da Travel Consul, é que 54% dos clientes que tinham viagem reservada optaram por adiar, enquanto apenas 35% optaram pelo cancelamento. Dos que adiaram, 50% mantiveram o destino original. A maior parte das reservas está concentrada no terceiro trimestre de 2021.

Com mais de 900 projetos e 700 cidades analisadas durante 21 anos, a Urban Systems tem toda expertise necessária para ajudar o investidor a valorizar o seu empreendimento.

Quer saber como investir no turismo? Fale com a Urban Systems!

*Fontes:

Live do Valor Econômico

Argo

Travel Consul

Conteúdo elaborado pela Redação Urban Systems

Compartilhe

Post a Comment