Setor de Educação e a Importância dos Estudos de Potencial de Mercado

No texto de hoje vamos abordar a importância de estudos de potencial de mercado para o setor de educação, considerando os tipos de estudos existentes, as suas formas de realização, de que maneira agregam valor a investidores e mantenedores e como estes reduzem riscos para as operações do setor.

Mas antes de entrar no conteúdo propriamente dito, quero compartilhar com vocês minha experiência em re-escrever este texto, considerando que na minha primeira oportunidade, ao salvar o texto na nuvem em um voo entre Foz do Iguaçu e São Paulo, nosso infalível Google falhou, apagando o texto sem deixar vestígio algum, seja na forma de cookies, arquivos temporários e etc. Entretanto, como abordar este assunto em questão me é particularmente agradável, vamos tratar das nuances dos estudos de potencial de mercado para o setor de educação.

Diversidade de Estudos

Como já mencionado em textos anteriores, mas é sempre importante retornar a este ponto, entender a real necessidade do cliente é fundamental para a estruturação do melhor e mais eficiente escopo de trabalho, principalmente neste setor de educação, onde diferentemente do mercado imobiliário tradicional, por exemplo, a diversidade de necessidades são tantas, que um hiato de comunicação nesta etapa pode gerar ruídos, não apenas no momento da venda, mas de execução de todo o projeto.

Além do tradicional estudo de “onde abrir uma unidade da escola” ou de “onde abrir uma nova unidade de escola já existente”, é possível gerar uma série de variáveis deste tema e de outros, considerando: a segmentação da atuação em níveis de ensino; o entendimento de oportunidade de nova escola considerando um novo modelo de ensino; a avaliação da mudança do currículo da escola ou da mudança de período de ensino (integral ou contra-turno); a busca de novo endereço de uma escola impedida de permanecer no endereço atual, por razão qualquer; a abertura de unidade de captação de alunos em anos iniciais; a busca de novas praças de atuação para uma determinada rede; a avaliação de bandeiras e tickets para o desenvolvimento de nova escola ou nova bandeira; entender a avaliação dada por pais e responsáveis atuais; o entendimento do motivo de evasão de uma unidade ou determinado ano de ensino; entre tantas outras possibilidades já averiguadas em estudos realizados pela Urban Systems.

Considerando que explicar cada um desses temas, ou dos ainda nem apresentados, se fariam impossíveis neste único texto, desde já me coloco à disposição (Willian.rigon@urbansystems.com.br) para discutirmos necessidades e dificuldades com quem passa por alguma dessas situações. Entretanto, como ainda temos caracteres disponíveis, vamos abordar algumas destas questões em que estudos de inteligência de mercado tornam-se essenciais para reduzir riscos de investimentos.

O tradicional, que traz muitos riscos

O estudo de mercado tradicional, aquele que visa avaliar o potencial de mercado para um empreendimento específico, quanto no setor de educação, encontra diversos pontos de atenção. Tratando neste momento de educação básica, há uma série de variáveis que devem ser analisadas, dentro do plano socioeconômico, para compreender riscos e oportunidades.

Thomaz Assumpção não hesitaria em mencionar neste momento a importância de compreender a Lógica Urbana da cidade para o entendimento do melhor local de uma escola, ou para o entendimento do melhor “produto educação” em uma determinada área. E ele está certo. Mais do que poder aquisitivo, ou seja, o recorte inicial de um perfil demográfico para o futuro dimensionamento de demanda, é importante identificar como as pessoas se comportam e se locomovem pela cidade, compreendendo que para determinados perfis econômicos ou faixa de idade dos alunos, toda uma dinâmica de deslocamento se faz mais interessante ou necessária para a tomada de decisão de “onde matricular as crianças”.

Avançar no recorte do seu perfil target, que começa com questões demográficas: idade, tamanho da família, número de crianças, perfil de renda, dentre outros, é outro ponto de atenção. Demografia é ponto de partida, mas a definição de perfil sociocultural das famílias é fundamental para a redução dos riscos. O que desejam essas famílias? Em que acreditam? Quais as preferências em relação a modelos de ensino? O que priorizam? Vestibular ou formação pessoal? Turno ou período integral?

São tantas variáveis que impactam na definição do perfil da demanda de um projeto de educação que a realização de um estudo contando com plano comportamental torna-se necessário para refinar percepções e melhor dimensionar a demanda para o projeto. Para atender aos estudos do setor de educação, os tipos de pesquisas são diversos, sempre respeitando que as mesmas são realizadas com o tomador de decisão, aquele quem escolhe e define o estabelecimento de ensino, que por sua vez, de acordo com a faixa etária da criança, tem a informação e entendimento dos demais “compradores” desse serviço, no caso o usuário ou estudante. Nesse plano, é possível aproveitar das mais diferentes metodologias de pesquisa: em profundidade, grupo de discussão, quantitativa, cliente oculto, dentre outros, e a definição da melhor opção surge do entendimento da necessidade de cada projeto. Para saber mais sobre tipos de pesquisa, acesse aqui.

Assim, baseando-se então no entendimento da lógica urbana em que se insere a área ou região em estudo, e também a cidade mental do perfil alvo daquela escola, torna-se possível dimensionar sua demanda e calcular os riscos para implantação da mesma.

Outros estudos

Ao longo dos 22 anos de serviços da Urban Systems, já realizamos estudos para atender as mais variadas necessidades em relação ao desenvolvimento imobiliário ou de negócios do setor de educação, e a seguir, apresento alguns.

Atuamos na avaliação de redes de ensino superior em São Paulo, para aquisição de investidores, onde foi necessário compreender e avaliar a atuação atual e seu potencial de crescimento em anos subsequentes, trazendo ao grupo investir as melhores opções de redes para aquisição. Realizamos o estudo da escolha da nova localização do Colégio Rio Branco, buscando reter a maior parte dos alunos, evitando perda de alunos e se posicionando em local com sinergia às diretrizes da escola e com oportunidade de crescimento.

Em relação ao estudo para novas unidades de redes de ensino, realizamos estudos de expansão para unidades de educação básica, fundamental e de ensino de línguas, seja na mesma cidade ou expandindo-se pelas regiões metropolitanas, mantendo uma unidade de comunicação. Auxiliamos na abertura de escolas bilíngues e internacionais, com estudos de potencial de mercado, identificação de melhor localização, avaliação de preço de mensalidade e identificação de pontos de interesse e diferenciação em relação aos demais players do setor.

Para colégios tradicionais, realizamos estudos de reposicionamento, avaliando caminho a percorrer e riscos sujeitos a este posicionamento; avaliamos a possibilidade de desenvolvimento imobiliário em ativos de grupos escolares, buscando aumento de receita e aproveitamento de áreas subaproveitadas; estudamos a possibilidade de conversão de espaços de ensino superior em ensino básico, e vice e versa, aproveitando-se das mudanças urbanas e dos novos vetores de desenvolvimento imobiliário e de empregos nas cidades.

No setor de educação superior, estudamos melhores localizações para novas unidades, assim como auxiliamos no entendimento dos melhores cursos, considerando análise das cadeias produtivas, da oferta concorrente existente, das necessidades do público target e das demandas não atendidos.

Assim, mais uma vez, evocamos a tagline da Urban Systems que se corrobora nestes casos apresentados. Você do setor de educação (ou demais setores), qual a sua necessidade? Qual a sua preocupação? Venha falar com a Urban Systems, pois estamos sempre, transformando conhecimento em resultados.

Conteúdo elaborado por Willian Rigon, Diretor Comercial e Marketing da Urban Systems

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1 Comment

  • Pedro Hirochi Toyota
    03/05/2022

    Excelente matéria

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