Concessão de aeroportos no Brasil: setor privado como aliado do desenvolvimento

Concessão de aeroportos no Brasil: setor privado como aliado do desenvolvimento

Em tempos de crise e instabilidade econômica os gestores públicos enfrentam dificuldades não somente para administrar os poucos recursos disponíveis, mas, principalmente para investir em infraestrutura – sendo a concessão de aeroportos no Brasil um exemplo de grande potencial. As concessões, parcerias públicas privadas (PPPs) e privatizações, tornam o setor privado grande aliado do poder público na viabilização de investimentos e no aprimoramento dos serviços oferecidos à população.

Setor de transportes no Brasil

O setor de transportes no Brasil é um exemplo a ser citado em razão do grande potencial de desenvolvimento e impacto na economia nacional. Com as próximas rodadas de concessão de aeroportos previstas, todos os terminais do País deverão ficar sob controle da iniciativa privada e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que hoje é responsável por mais de 50 aeroportos, passará por uma reestruturação.

As concessão de aeroportos no Brasil deverão permitir a entrada de dinheiro para investimento na infraestrutura aeroportuária dos aeroportos regionais, que deixarão de ser deficitários, se tornando atrativos para os investidores.

Rodadas de concessões feitas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

No dia 15 de março, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou a quinta rodada de concessões de aeroportos no Brasil, onde o sistema de divisão dos aeroportos em blocos regionais foi testado.

Foram 12 aeroportos separados em três blocos: Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. O resultado foi positivo, considerando que os ágios somados ficaram em R$ 2,158 bilhões, representando 986% de aumento em relação aos preços mínimos definidos pelo governo, o que mostra crédito no potencial de desenvolvimento do sistema aeroportuário nacional.

A quinta rodada trouxe alguns benefícios em relação à quarta, realizada em 2017, quando os aeroportos eram leiloados individualmente. Além do ganho em infraestrutura nacional, já que os investidores devem pensar no desenvolvimento de todos os aeroportos presentes nos blocos impactando nas suas regiões, também se tornou possível dinamizar os investimentos.

A sexta rodada de concessões inclui 22 aeroportos dos blocos Sul, Norte e Central. O leilão está previsto para 2022, e o processo já está na fase de estudos técnicos preparatórios. Para essa nova rodada a expectativa é de resultado positivo e concorrência ainda mais acirrada entre as empresas interessadas.

Uma das razões disso é o melhor equilíbrio entre os blocos, já que cada um deles têm um grande aeroporto como âncora e outros com bom potencial de crescimento de demanda, o que é muito interessante para o investidor.

Aeroportos como âncoras de desenvolvimento

Vale salientar que não são apenas os investidores os beneficiados com o aumento da demanda atrelado ao desenvolvimento dos aeroportos. Essa demanda têm a capacidade de gerar oportunidades para o crescimento e desenvolvimento das cidades no entorno, locais muitas vezes isolados, que não têm oportunidade de crescer muitas vezes pela própria dificuldade de acesso.

Para esse desenvolvimento positivo, é muito importante que a empresa vencedora da concessão desenvolva uma proximidade com as prefeituras das cidades-sede dos aeroportos, bem como das regiões onde ele irá atuar.

Desde 2013 a Urban Systems acompanha e estuda projetos de Aeroportos Regionais, como âncoras de desenvolvimento de cidades e, de forma isolada, com o dimensionamento de demanda de passageiros e o dimensionamento de demanda comercial.

Atuação da Urban Systems em Concessão de aeroportos no Brasil

A atuação da empresa ocorre desde o Estudo de Dimensionamento de Demanda Aeroviária, como também no Dimensionamento de Receitas Comerciais e Não-Comerciais, tendo como diferencial a expertise em Estudos de Vocação Imobiliária e a avaliação de oportunidades de receitas não tarifárias, as chamadas Receitas Acessórias, algo complicado de se dimensionar no Brasil, mas alto potencial de agregar receita a operação.

Os grandes investidores, acostumados a desenvolver projetos em países mais ricos, encontram dificuldade em mensurar e entender a regionalidade do mercado consumidor brasileiro.

A experiência e conhecimento da Urban Systems em realizar estudos em todo o território nacional possibilita uma avaliação coerente da demanda focada nas peculiaridades de cada região desse País de dimensões continentais.

André Cruz, Diretor de Planejamento Urbano na Urban Systems.

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