Produtos e receitas não imobiliárias no desenvolvimento de grandes propriedades

Vocacionar e desenvolver grandes propriedades é um processo longo, portanto importante para os proprietários diversificarem os produtos e fluxos de receita

Além do desenvolvimento de produtos imobiliários, proprietários de grandes áreas têm diversas outras opções para gerar receita a partir de suas terras. Essa pode ser uma estratégia interessante para aproveitar os recursos disponíveis na área de maneira planejada e sustentável. Utilizando a inteligência de mercado, é possível ter uma visão abrangente e estratégica para identificar oportunidades que se alinhem às necessidades do mercado e ao potencial da propriedade ao longo do tempo.

É importante destacar que o tamanho das áreas influi muito no tempo necessário para a implantação de produtos imobiliários e seu desenvolvimento. Normalmente, nesses casos, falamos em 20, 30, 40 anos ou até mais. Portanto, o proprietário pode sentir a necessidade de buscar alternativas de geração de receita durante esse período. Obviamente, é um trabalho personalizado e, escolher como será a estratégia, requer uma análise cuidadosa e abrangente das condições do mercado, da localização e das características da propriedade em questão. Além disso, é importante considerar o perfil do proprietário, bem como os prazos de absorção do mercado e estratégias de ocupação.

Já abordamos por diversas vezes a atuação da Urban Systems durante os seus mais de 23 anos de experiência relacionados a estudos de viabilidade, inteligência de mercado, estratégias de desenvolvimento e planejamento para grandes propriedades. A realização de todas essas análises, nos fez perceber que existem uma série de outros produtos que não são necessariamente imobiliários, que podem ser implantados para explorar todo o potencial das áreas, estejam elas mais próximas do perímetro urbano ou não.

Sustentabilidade

Existem diversas opções sustentáveis para a geração de receitas não imobiliárias em grandes propriedades, principalmente naquelas em que existe muita vegetação natural. É possível gerar renda administrando áreas verdes, cursos d’água, além de outros recursos naturais de forma sustentável. Uma delas é gerar receita por meio do sequestro de carbono, estratégia promissora e alinhada com a sustentabilidade ambiental. O sequestro de carbono refere-se ao processo de captura e armazenamento de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas.

Participar de programas de créditos de carbono pode ser uma forma de gerar receita, dessa forma, a propriedade pode receber créditos por suas ações e, em seguida, vender esses créditos para empresas ou governos que buscam compensar suas próprias emissões de CO2, podendo gerar um desenvolvimento carbono zero. Além disso, investir em projetos de energia renovável, como parques eólicos, usinas solares ou hídricas, reaproveitamento de água, tratamento de esgoto, podem, além de gerar receita, contribuir para a autossuficiência do produto imobiliário a ser implantado, seja um bairro planejado ou um galpão logístico com painéis de energia solar, por exemplo.

Cases de sucesso

O bairro planejado Granja Marileusa, em Uberlândia-MG, começou a ser estudado e estruturado pela Urban Systems em 2011 com planejamento de longo prazo, focado em valorizar a propriedade e integrá-lo ao planejamento urbano existente. Projetando o potencial e absorção da demanda foi identificado que a área um pouco mais distante somente seria ocupada após 30 anos do início do desenvolvimento do bairro e a solução encontrada foi a instalação de uma usina solar, entregue em 2020.

Com capacidade de 5,9 megawatts, a usina possui 20 mil placas fotovoltaicas e gera energia suficiente para abastecer 6 mil residências, e, além de fornecer energia para o próprio bairro, pode também gerar receitas para o proprietário. A usina é administrada por empresas do próprio grupo responsável pela área/desenvolvimento do bairro e vem expandindo exponencialmente seu negócio para outras localidades.

Foto Divulgação: Site Granja Marileusa

Um projeto em Ouro Preto (MG), que contou com estudo da Urban Systems é exemplo de diversas utilizações não imobiliárias em grandes propriedades. A área tem 800 hectares, dos quais 170 serão ocupados por produtos imobiliários. Além da venda de áreas não edificáveis para fins de compensação ambiental ou reserva legal, o potencial minerário do subsolo também pode ser aproveitado em áreas onde não é possível desenvolver produtos imobiliários.

Entre outras opções de geração de receitas não imobiliárias utilizadas no projeto em Ouro Preto (MG), obviamente, também focadas na sustentabilidade, estão as atividades referentes ao agronegócio, e outros produtos citados acima que tornarão o local autossuficiente em energia, água, alimentos, além de ser carbono zero e resíduo zero.

Urban Systems    

É importante ressaltar que analisar o potencial da propriedade e oferecer alternativas de geração de renda não imobiliária ao proprietário requer planejamento, investimento inicial e, em alguns casos, parcerias com especialistas ou organizações especializadas.

Para garantir o sucesso dessas iniciativas, a Urban Systems também trabalha na busca dos parceiros adequados para indicar aos nossos clientes de forma que o máximo de área da gleba possa gerar resultados ao proprietário. Além disso, existe o risco de que áreas mal aproveitadas sejam perdidas no futuro em função de questões legais, invasões, queimadas, ou outras circunstâncias adversas se transformando em um grande problema para o proprietário. Essa abordagem tem sido cada vez mais recorrente nos estudos que fazemos, no sentido de unir a visão tradicional de desenvolvimento imobiliário/urbano, com a disponibilização de outras opções de utilização da área objetivando gerar renda e evitar problemas futuros.

Está em dúvida sobre a vocação da sua área ou quer saber mais sobre produtos e receitas não imobiliárias ? Fale com a Urban Systems!

Conteúdo elaborado por João Bosco Silveira, Diretor de Patrimônio na Urban Systems

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