Diferenças entre as pesquisas qualitativa e quantitativa
Mitigar riscos é a maior preocupação de quem pretende investir em um novo produto ou projeto. Por isso, os investidores reconhecem a importância de traçar um planejamento estratégico baseado em análises de riscos precisas e indicadores confiáveis.
Para que o planejamento e a execução de um novo projeto seja completo e eficiente, é preciso envolver diferentes metodologias de inteligência e pesquisa de mercado que visam compreender como aquele produto irá se relacionar com a economia, a cultura e o comportamento do público-alvo e da região (Leia mais sobre o Plano Comportamental aqui).
Em seus 21 anos de atuação, a Urban Systems já desenvolveu mais de 900 projetos, analisou mais de 700 cidades, 11 eixos temáticos e mais de 300 indicadores de desenvolvimento econômico sustentável. O levantamento desses dados é feito por meio de diversas metodologias de pesquisa. Hoje, falaremos sobre as pesquisas qualitativas – entre elas as Entrevistas em Profundidade (EPs) e Discussões em Grupo (DG’s) – e quantitativas, e como a Urban Systems utiliza essas metodologias para dar suporte aos seus clientes.
Pesquisa Qualitativa
A pesquisa qualitativa é utilizada para compreender tendências e comportamentos dos indivíduos e grupos sociais. Esse tipo de pesquisa é conduzido de forma mais ampla, onde os participantes são estimulados a opinar mais livremente, já que o objetivo não é obter números como resultados, mas insights que possam indicar o melhor caminho a seguir, estruturando ou corrigindo produtos imobiliários.
Na pesquisa qualitativa os recursos mais utilizados pela Urban Systems são as Entrevistas em Profundidade (EP’s) e as Discussões em Grupo (DG’s).
EPs e DGs
As EPs são entrevistas individuais realizadas presencialmente ou por telefone com formadores de opinião, ou seja, pessoas que possuem um conhecimento maior sobre a cidade, região em estudo ou determinado segmento. Para essa modalidade de entrevista a Urban Systems utiliza um roteiro semiestruturado para permitir que outras características e sugestões sejam manifestadas mesmo que não previstas. Dessa forma é possível ter melhor flexibilidade em capturar as informações, além de garantir uma maior conexão com o interlocutor, possibilitando uma conversa mais fluida.
A Urban Systems realiza EPs em diferentes estudos, mas principalmente, para estudos de vocação, quando o projeto não está concretizado e busca-se um direcionamento. Por exemplo: o cliente possui uma propriedade, uma área, e pretende entender quais são as melhores possibilidades de desenvolvimento para essa região de acordo com a dinâmica urbana e econômica de cada localidade.
Já os DG’s, também conhecidos como focus group, são realizados com o público target, pessoas que teriam um interesse ou relação mais próxima ao objeto de estudo. Essa modalidade consiste na reunião de várias pessoas (geralmente de 6 a 10) com características em comum. Um moderador organiza e estimula a discussão, propondo tópicos. Os participantes são estimulados a conversarem entre si, fazer exercícios e dar opiniões.
Por exemplo: uma rede educacional tem como objetivo investir em uma nova unidade, mantendo suas características como proposta pedagogia e estrutura. Serão reunidos em uma sala com infraestrutura apropriada para a dinâmica, pessoas com perfil previamente definido, que no caso poderia ser pais, com determinada renda e filhos matriculados em escolas parecidas. Na discussão serão apresentados diferentes conceitos e dinâmicas que permitirão a avaliação destas pessoas sobre o projeto, permitindo extrair pontos fortes e fracos, aceitação e características imprescindíveis.
Pesquisa quantitativa
Já a pesquisa quantitativa, como o próprio nome diz, nos traz dados estatísticos e uma amostra que permite calcular sua representatividade frente ao universo que representa. Na Urban Systems, essa modalidade é utilizada comumente para teste de produto. Para a condução de uma pesquisa quantitativa são apresentados vários conceitos, elementos e hipóteses previamente levantados para determinado perfil. As indagações são testadas no formato de questionário, podendo ele ser eletrônico ou físico, onde o participante fornecerá respostas objetivas e quantificáveis.
Por exemplo, digamos que um parque almeja incrementar sua oferta de lazer e já possui ideias a respeito do que é possível ser implementado dentro de seu espaço. A pesquisa permitirá quantificar a aceitação destes atrativos, elasticidade de preço e desejos em relação a sua infraestrutura. Assim, é possível medir o percentual de aceitação, fazer cruzamentos e ter um perfil concreto e estatístico das informações.
Portanto, as modalidades de pesquisa qualitativa são utilizadas como base para levantar as questões que, posteriormente, podem ser validadas ou retificadas por pesquisas quantitativas, dependendo da fase em que o projeto se encontra.
Vale ressaltar que os estudos da Urban Systems se utilizam tanto destes dados primários (que neste texto se referem aos dados coletados através de pesquisas qualitativas e quantitativas) assim como de dados secundários (já levantados anteriormente por fontes como IBGE, Prefeituras, entre outros) para consolidar nossas análises. A combinação de diferentes fontes, junto com nossa expertise, torna o trabalho oferecido pela Urban Systems mais completo e único.
Natália Pelosi integra a equipe de Inteligência de Mercado da Urban Systems
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Cláudio Brasil do Amaral
Muito bom estudar esse tema das diferenças entre as pesquisas qualitativa e quantitativa, ainda mais agora que temos mais tempo para ficar no Home-officce na Era da pandemia….
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