Desenvolvimento de patrimônio imobiliário: indústrias e usinas

Durante muito tempo a análise do patrimônio imobiliário de empresas ficou relegada à análise contábil, ou seja, com foco somente no valor desses ativos registrados no balanço da empresa. No entanto, as organizações passaram a buscar a inteligência de mercado e analisar, não somente o quanto vale aquele patrimônio, mas também o potencial de desenvolvimento futuro com a possibilidade de importante geração de receita e mitigação de riscos.

A percepção de que o valor de uma propriedade vai além da sua extensão e localização, se torna cada vez mais importante para a empresas. A análise praticada pela Urban Systems considera fatores como: perfil demográfico da população, potencial construtivo, vetores de crescimento, questões comportamentais e peculiaridades de cada região. Dessa forma, é possível agregar valor à área, planejar e desenvolver novos negócios.

A seguir confira alguns exemplos da atuação da Urban Systems na área de desenvolvimento de patrimônio de grandes indústrias e usinas.

Indústria Nadir Figueiredo

A centenária fabricante de vidro Nadir Figueiredo – criadora dos famosos copos americanos – contou com expertise em inteligência de mercado da Urban Systems para a análise do seu patrimônio. O estudo identificou oportunidades de desenvolvimento e possibilidades de diversificação de negócios no ramo imobiliário. Essa identificação foi determinante para a tomada da decisão da família sobre quais ativos deveria vender e quais deveria manter.

Em julho deste ano, o grupo norte-americano de private equity HIG Capital comprou a Nadir Figueiredo por R$ 836,27 milhões*. A transação milionária envolveu apenas os ativos industriais (produtos, marcas e fábrica), já que a família Figueiredo decidiu manter e otimizar o restante do seu patrimônio imobiliário.

Fibria Celulose

Outro exemplo interessante é o da Fibria Celulose*, empresa brasileira de base florestal e maior produtora mundial de celulose de eucalipto. Parte do patrimônio da empresa é composto por fazendas com plantações de eucaliptos utilizados na fabricação de papel. A partir da análise da Urban Systems, foi possível identificar novas utilizações para essas áreas (principalmente aquelas mais próximas a cidades), aumentando a produtividade e diversificando o portifólio da empresa.

O estudo motivou o desenvolvimento de novos produtos a partir do eucalipto, investimentos em infraestrutura portuária, além da transformação de áreas que antes eram dedicadas exclusivamente ao plantio do eucalipto em bairros planejados.

Grupo Algar Tech

O bairro planejado Granja Marileusa*, inaugurado em 2015, na cidade de Uberlândia-MG é outro case de sucesso relacionado ao desenvolvimento de patrimônio imobiliário. O bairro mineiro foi desenvolvido em uma fazenda do fundador do Grupo Algar Tech, Alexandrino Garcia, com pouco mais de 6 milhões de m². O espaço começou a ser estudado e estruturado pela Urban Systems em 2011 com o objetivo de valorizar a propriedade e integrá-lo ao planejamento urbano existente.

Hoje, o bairro tem infraestrutura diferenciada com processo de tratamento de esgoto próprio, paisagismo, ciclovias, pontos de ônibus, área de convivência com wifi e segurança por meio de monitoramento com câmeras. O espaço corporativo reúne a Algar Tech, a universidade corporativa e a holding do grupo. Também atraiu a multinacional Cargill, que instalou no bairro um Centro de Serviços Compartilhados para os seus funcionários e, em parceria com o poder público, nasceu um micropolo tecnológico e espaço de coworking para atrair empresas inovadoras.

Usinas

Muitas usinas brasileiras também têm buscado diversificar os seus negócios, investir em novos produtos e no desenvolvimento imobiliário. O grupo São Martinho, um dos maiores grupos sucroalcooleiros do País, iniciou, em 2013 o desenvolvimento de projetos imobiliários em parte das suas propriedades, também a partir de estudos da Urban Systems.

O grupo é dono de uma área de 52.636 hectares. Deste total, 2 mil hectares estão localizados em áreas urbanas, inaptas para o plantio de cana, porém com possibilidade de desenvolvimento imobiliário. Além disso, o grupo vendeu um terreno de cerca de 200 hectares, localizado na cidade de Iracemápolis (SP), para a montadora Mercedes-Benz construir sua fábrica. O valor do negócio foi de aproximadamente R$ 10 milhões, ou cerca de R$ 50 mil por hectare.

Também é importante citar o grupo Cosan, que criou, em 2009, a Aguassanta Desenvolvimento Imobiliário* com o objetivo de desenvolver o potencial imobiliário da holding. O foco são projetos de uso misto altamente sustentáveis e com baixo impacto ambiental em regiões com alto potencial de crescimento e valorização no interior paulista.

Paulo Takito, sócio diretor da Urban Systems

Fontes:

*G1: https://glo.bo/2kqAQPv

*Relatório Fibria 2017: https://ri.fibria.com.br/ptb/7243/619179.pdf

*Granja Marileusa: https://bit.ly/2k9Q1MD

*Aguassanta: https://bit.ly/2lNnOLY

 

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