Governo Federal pretende disponibilizar FIIs em 2022

Os editais-piloto devem ser lançados ainda este ano para que aconteça o leilão dos ativos na bolsa de valores

Em um dos nossos primeiros textos do ano abordamos as melhores opções de Fundos de Investimentos Imobiliários, ou FIIs, que têm se tornado cada vez mais populares devido à grande gama de possibilidades e o fato de permitem que as pessoas acessem imóveis e determinados papéis de forma simplificada e com aportes mais baixos (link para o texto aqui).

No Brasil, existem 399 FIIs listados na B3*, com um valor de mercado total superior a R$ 130 bilhões e cerca de 1,5 milhão de investidores – em 2017 eram 121 mil pessoas investindo. Atualmente, existem 12 ofertas públicas de cotas de fundos imobiliários em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM)* atualmente, das quais quatro foram protocoladas em 2022 e somam cerca de R$ 1 bilhão.

Outro movimento importante na área vem do Governo Federal. Em janeiro desse ano, a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia (SEDDM/ME) iniciou o projeto Incorpora Brasil! – Fundos Imobiliários Federais. Em princípio, 237 ativos em todo o País foram selecionados pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU) para que sejam incorporados junto aos primeiros fundos imobiliários da União (FIIs).

Os editais-piloto devem ser lançados ainda este ano e a partir disso, haverá um prazo de 45 dias para que o mercado se organize para que aconteça o leilão na bolsa de valores.

Desenvolvimento imobiliário

A intenção é criar fundos com vocação similar, como fundos de desenvolvimento e fundos de logística, por exemplo. A partir disso, grandes áreas poderão ser incorporadas para a criação de novos bairros ou para a criação de armazéns logísticos. O Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte ­– área com 60 hectares – e a Beira-Mar Sul, em Florianópolis, com 130 hectares, fazem parte da estratégia.

Essa estratégia permitirá que essas áreas que são fontes de despesas para a União, possam ser destinados à iniciativa privada para que seja possível o desenvolvimento patrimonial, gerando emprego, renda, melhorando o desenho urbano das cidades e de seu entorno.

Em entrevista à CNN Brasil* no dia 26 de janeiro, o secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, explicou a criação de FIIs federais. “O governo federal tem várias áreas que ou são invadidas, ou acumulam lixo, e são terrenos muito grandes. Isso faz com que eles tenham pouca baixa liquidez, sendo muito difícil vender uma área tão grande e tão cara”, comentou.

Gestão dos Fundos

Mac Cord explicou que a solução para a venda desses ativos federais é buscar pequenos investidores para formar o capital necessário para o desenvolvimento das áreas. “Com isso, conseguimos trazer para a sociedade um retorno não somente financeiro, mas também a criação de empregos e, muito mais importante, a disponibilidade de a cidade contar com áreas totalmente novas, revitalizadas e com equipamentos públicos de ponta”, destacou.

O secretário também afirmou que vão ser contratados profissionais de gestão para cuidar das obras de infraestrutura que vão ocorrer nos territórios leiloados. “Estamos conversando com os principais fundos e os principais gestores do país para a agenda imobiliária. O interesse tem sido enorme porque temos ativos diferenciados”.

A Urban Systems tem feito diversos estudos de mercado para gestão de grandes fundos imobiliários e para investidores que pretendem se utilizar dos fundos para viabilizar seus empreendimentos. A Urban Systems se utiliza dos seus 22 anos de atuação na área de inteligência de mercado, expertise na análise de dados referentes às cidades brasileiras e ao mercado de patrimônio imobiliário para oferecer aos seus clientes uma base de dados que permita um investimento com segurança.

Conteúdo elaborado João Bosco Silveira, Diretor de Patrimônio na Urban Systems.

Fonte:

B3

CNN Brasil

CVM

Governo Federal

 

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