Ranking Connected Smart Cities 2020 aponta São Paulo como a cidade mais inteligente do País

Prefeitos e gestores públicos das cidades primeiras colocadas falam sobre o incentivo da premiação além da troca de experiências e aprendizado de novas práticas

OBS.: Todos os indicadores do Ranking Connected Smart Cities 2020 estão disponíveis Aqui.

O evento nacional Connected Smart Cities e Mobility Digital Xperience (DX) 2020, aconteceu nos últimos dias 08, 09 e 10 de setembro em ambiente totalmente digital e plataforma exclusiva, em função da pandemia da Covid-19. A cerimônia de abertura do evento, que aconteceu no dia 09, a partir das 15h, ficou marcada pela participação de autoridades, representantes de empresas e especialistas nacionais e internacionais, além da divulgação do resultado do Ranking Connected Smart Cities 2020. O estudo, elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, está na 6ª edição e mapeia todos os 673 municípios com mais de 50 mil habitantes, com o objetivo de definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil.

O destaque no Ranking Geral 2020 foi para a cidade de São Paulo, que atingiu a primeira colocação. O segundo lugar ficou com Florianópolis (SC), seguida por Curitiba (PR), Campinas (SP) e Vitória (ES). Na sexta colocação está São Caetano do Sul (SP); seguida por Santos (SP); Brasília (DF); Porto Alegre (RS); e Belo Horizonte (MG).

Além do título de cidade mais inteligente e conectada do Brasil, a capital paulista conquistou, ainda, a primeira colocação nas categorias: Região Sudeste; Cidades com mais de 500 mil habitantes; Tecnologia e Inovação; e Mobilidade e Acessibilidade. São Paulo ficou em segundo lugar nas categorias Urbanismo e Empreendedorismo; 5º em Economia e 12ª colocação em Governança.

A região Sudeste concentra as cidades mais inteligentes e conectadas, sendo seis municípios entre os 10 mais bem colocados (em 2019 foram seis e, 2018, sete). Três municípios são da região Sul e um do Centro-Oeste, sendo que as regiões Norte e Nordeste não têm representante entre os 10 melhores. Palmas (TO) está na 32ª colocação no Ranking Geral e Recife (PE) na 15ª.  Na classificação por região, destacam-se: no Centro-Oeste, Brasília (DF) com a 1ª colocação no Ranking Connected Smart Cities; no Nordeste, Recife (PE); no Norte, Palmas (TO); no Sudeste: São Paulo (SP); e no Sul: Florianópolis (PR). Jaguariúna (SP) é o destaque das cidades entre 50 e 100 mil habitantes; de 100 a 500 mil: Vitória (ES); e acima de 500 mil habitantes: São Paulo (SP).

São Paulo

Para o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, São Paulo pode ser considerada smart city principalmente em função da geração de emprego e renda que, por meio da tecnologia, proporciona oportunidades para jovens da periferia diminuindo a desigualdade social. “Outra motivação para investir em tecnologia é ampliar a transparência; possibilitar que a população possa fiscalizar e participar da implementação de políticas públicas e trazer as pessoas para dentro da governança. Ter apostado no desenvolvimento da tecnologia, seja por meio de ações realizadas diretamente pela Secretaria de Inovação e Tecnologia, seja por várias ações realizadas nas áreas de educação, saúde, licenciamento, habitação e mobilidade, foi importante e fico muito feliz com o reconhecimento. Vale a pena investir em uma cidade mais inteligente para que possamos melhorar a qualidade de vida da população”, disse. 

O secretário municipal de Inovação e Tecnologia, Juan Quirós, comenta que a cidade de São Paulo concentra grande número de empresas e organizações com produtos de base tecnológica, o que torna o ecossistema da capital referência quando se trata de inovação. “O município também se destaca no que diz respeito à disponibilidade de mão de obra qualificada, com ampla oferta de universidades no setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). E esses elementos são fundamentais para a construção de uma estrutura que responda rapidamente às demandas sociais e econômicas, e as transformações digitais da atualidade”, conclui Quirós. 

Florianópolis (SC)

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, comenta que Florianópolis deu um salto gigante no Ranking Geral do Connected Smart Cities, na comparação da edição 2018/2019, saindo da 24ª para a sétima posição, chegando em 2020 na segunda colocação. “Entendo esse espaço de tempo quando houve a retração, como um momento necessário onde trabalhamos para buscar recursos e montar um planejamento robusto com resultados a médio e longo prazo, os quais estamos vivenciando desde então. Como eu costumo dizer sempre, a cidade vive o seu melhor momento”, disse.

Loureiro lembrou ainda que tem aplicado os indicadores do Ranking Connected Smart Cities nos projetos da capital, com o objetivo de tornar a cidade mais inteligente e sustentável, destacando a iniciativa como contribuição importante às políticas públicas de Florianópolis. “Montamos um planejamento de investimentos e tornamos realidade diversas conquistas. Investimos pesado na construção e reforma de dezenas de unidades de educação e saúde, no asfaltamento de importantes vias públicas e áreas de lazer e projetos educativos nas comunidades”, enfatizou.

O prefeito também comentou sobre a importância de uma cidade mais inteligente no cenário pós-pandemia. “Sem dúvidas, a pandemia vem forçando o mundo a aceitar uma nova realidade onde, mais do que nunca, se faz necessária a formação da chamada tríplice-aliança, que nada mais é do que a integração do poder público, iniciativa privada e sociedade na busca de soluções para preservar vidas e reerguer a economia”.

Curitiba (PR)

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, comenta que os indicadores do Ranking Connected Smart Cities coincidiram com as necessidades da cidade. “Os indicadores coincidiram com necessidades que identificamos na cidade e que vêm sendo atendidas, desde 2017, com ações importantes, em especial nas áreas de Urbanismo, Tecnologia e Inovação, Governança, Empreendedorismo, Economia, Meio Ambiente e Educação.  Nestas áreas, saímos de posições intermediárias em 2016 e, a partir de 2017, temos flutuado entre as primeiras posições no Ranking, o que demonstra a efetividade e consistência de nossas ações”, disse.

Sobre os reflexos dos investimentos nas diversas em momentos de pandemia, como o atual da Covid-19, no sentido de tornar a cidade mais resilientes, o prefeito cita que a pandemia tem provado que criatividade, inteligência e conscientização são essenciais no dia a dia da cidade. “Entre as ações, a Agência Curitiba de Inovação abriu um edital em abril convocando as startups a colaborar com os empreendedores que precisavam de soluções para tentar manter seus negócios. Tivemos 15 startups oferecendo, gratuitamente, suas plataformas para vendas, loja virtual, pagamento, apoio a gestão da empresa, entregas e contratação de serviços”.

Novidades do ranking

A partir da edição 2019, o Ranking incorporou conceitos e novos indicadores baseados na ISO 37122 –Sustainable Cities And Communities – Indicators For Smart Cities, mantendo-se como a melhor referência para comparação e análise de cidades inteligentes no Brasil. O resultado é apresentado em 4 frentes: geral, por eixo temático, por região e por faixa populacional. O estudo é composto por indicadores de 11 principais setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo, governança e energia.

Como novidade para 2020, Willian Rigon, diretor e sócio da Urban Systems e pesquisador responsável pelo Ranking, conta que ainda esse ano, serão organizadas agendas estratégicas de discussão dos principais eixos temáticos que compõe o Ranking. “Aproveitaremos as oportunidades geradas pelo evento realizado em Digital Xperience para a realização de encontros digitais por eixos temáticos, com autoridades, gestores públicos, empresários e convidados específicos que possam nos auxiliar. Nosso objetivo é tornar a elaboração do ranking ainda mais colaborativa e eficaz, a fim de tornar as cidades brasileiras mais inteligentes e conectadas. Além disso, lançamos a plataforma digital onde é possível acessar os resultados do ranking de forma mais rápida, de acordo com a necessidade de quem deseja realizar a consulta”, comentou Rigon. Acesse a plataforma aqui.

Para o Presidente da Urban Systems e sócio da Plataforma Connected Smart Cities, Thomaz Assumpção, o Ranking Connected Smart Cities ano a ano vem auxiliando as cidades a entenderem o seu nível de desenvolvimento sustentável, oferecendo parâmetros para que as cidades possam se planejar e criar estratégias para tornarem-se mais humanas e propiciar qualidade de vida a seus habitantes.

“A edição 2020, diferentemente de outros anos, apresentou uma menor movimentação das cidades nas primeiras posições, refletindo a preocupação cada vez maior das cidades brasileiras em manterem e melhorarem seus indicadores. Destaque para o setor de tecnologia e inovação, que apresentaram melhora nos itens de infraestrutura e no setor de educação, que apresentou mais cidades com crescimento em seus indicadores”, enfatizou.

Sobre os dados e fontes consultados para a elaboração do Ranking Connected Smart Cities, Rigon explica: “por ser um estudo que abrange mais de 600 municípios, os dados utilizados são oriundos de fontes secundárias oficiais, como ministérios, secretarias e institutos que fiscalizam ou averiguam as informações prestadas pelos municípios”. Para acessar o estudo completo, fontes e data de aferição dos indicadores, consulte o relatório completo aqui.

Para rever a abertura do CSCMDX com declarações dos prefeitos acesse AQUI 

Conteúdo elaborado pela Redação Urban Systems.

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